8 de out. de 2011

Todos os motivos do mundo.




Como não se indignar diante de tanta crueldade, individualismo e egocentrismo. Ao me tornar vegetariana nunca pensei que fosse ser tratada muitas vezes como alguém anormal, como se não me alimentar de carne fosse algo abominável, errado, bizarro. Qual é o grau de consciência dessas pessoas que reprovam minha escolha de viver de forma mais justa e harmônica? E ainda fazem questionamentos dignos da ignorância e do senso comum.


Fico impressionada como a cultura e os costumes sociais em que somos criados estão tão arraigados, que simplesmente o que deveria ser o correto torna-se absurdo do ponto de vista da maioria.

Será que o mais correto é tirar a vida de bichinhos que tem sentimentos, são extremamente fiéis, leais e acima de tudo sentem dor, para satisfazer o paladar humano? E nem adianta pensar que a carne é essencial para a vida humana na Terra, pois é só fazer uma pesquisa superficial para descobrir que se todos os animais do mundo morressem subitamente, o ser humano não morreria nem de fome e muito menos de deficiência de proteínas ou de qualquer outro nutriente, pois encontramos todos eles em outros alimentos, ou seja, não dependemos de despojos cadavéricos para vivermos. Temos alimentos de sobra para nossa alimentação sem ter que matar um animal sequer. Só lembrando que muitos países africanos (onde a fome é o maior problema) exportam grãos para o primeiro mundo para engordar animais que vão parar na mesa de jantar das nações mais ricas.

Vamos refletir:

Será que o correto é impor o sofrimento do confinamento em uma cela onde o animal não pode nem se mexer, não tem sequer a liberdade de se locomover, de andar. Já parou para pensar como seria viver assim?


Será que o correto é dar tanto hormônio para o animal crescer em quarenta dias, o que ele demoraria para crescer naturalmente em um ano? Isso faz com que ele cresça deformado e com sérias deficiências.


Será que o normal é arrancar o couro do boi e do bezerro(sua carne é conhecida como babe bife ou vitelo) com eles na grande maioria das vezes ainda vivos e conscientes?


Será que é justo é escaldar em água fervente a galinha ainda viva? Essa água é chamada de sopa fecal, acho que não é necessário explicar o porque desse nome.

Será que o certo é dar um choque no porco (atordoamento), que permite que ele fique paralisado mais consciente, e sejam imersos em água fervente ainda vivos. Os porcos são seres extremamente inteligentes e possuem vínculo de lealdade e sentimentos assim como cachorros, e podem inclusive ser adestrados desempenhando atividades mais complexas que os cães.


Para você parece ser normal entupir esses animais de antibióticos potencializando o poder de bactérias que passam para nós de forma fatal como a gripe suína(H1N1), a gripe aviária(H5N1), e a vulgarmente conhecida doença da vaca louca(encefalopatia espongiforme).


Será justo as redes de pescas industriais que possuem quilômetros de extensão pesque além dos peixes, mais de 50 espécies diferentes que morrem e depois são jogadas de volta ao mar, entre essas espécies estão golfinhos, tubarões, baleias, cavalo marinho, arraias...


Isso porque não estou citando a vida miserável das galinhas poedeiras(botam ovos), o sofrimento diário que encurta em 20 anos as vidas das vacas leiteiras, o terrível sofrimento de bichinhos como o vison, chinchilas, coelhos e tantos outros animais que são mortos cruelmente para o comércio de peles, todo o impacto ambiental causado pela pecuária e o enorme problema trabalhista que envolve a mão de obra dos trabalhadores que sofrem sérios problemas de saúde ao trabalhar em frigoríficos e matadouros.

Ficaria aqui muito mais tempo listando o que me motivou a deixar de comer carne e dar os primeiros passos para deixar de comer os derivados.


O ser humano é vaidoso e infelizmente o especismo(inferiorizar outras espécies, tratar os animais como "coisa" ou mercadoria e não como um ser provido de sentimentos) é visto como algo normal em nossa sociedade.


O que podemos fazer para mudar essa realidade? Me pergunto isso todos os dias e sei que essa realidade será transformada aos poucos. É só olharmos para trás e observamos ao longo da história quantas coisas eram consideradas normais e hoje são vistas como absurdas devido a evolução das sociedades. Vamos pensar nas mulheres que eram inferiorizadas e não possuiam direitos, ou a escravidão que era vista como algo normal e essencial para a economia daquela época. Tudo caminha para a evolução e com o vegetarianismo não é diferente. Como as transformações socias fazem parte de um longo processo(pode demorar séculos) sei que para esse progresso é necessário paciência, informação e educação, mas também ação e nesse caso são as escolhas que passam por nosso prato.


Tem uma frase de Leonardo da Vinci que era vegetariano que diz assim: "Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma dieta vegetariana, e julgarão a morte de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem".


Segue abaixo o link do Instituto Nina Rosa, nessa lista você vai encontrar diversos documentários mostrando a realidade da insdustria de animais. Por mais difícil que seja assista, o que você vai ver é a REALIDADE!



Eu indico Terráqueos e A Carne é Fraca.


Algumas informações retirei de sites do Instituto Nina Rosa, do site da Sociedade Vegetariana Brasileira e do livro Comer Animais de Jonathan Safran Foer.


Até mais.










2 de out. de 2011

Libertação Animal




A Libertação Animal é o tema abordado por Peter Singer, filósofo australiano em seu livro que tem o mesmo nome publicado pela primeira vez em 1975. Vegano a mais de 35 anos Peter fala de ética na alimentação, a terrível realidade da pecuária e testes de laboratórios, fala ainda sobre sexismo (conjunto de ações e idéias que privilegiam pessoas de determinado gênero) e especismo (atribuir diferentes valores e direitos baseado na espécie).No site da Martins Fontes é possível ler o primeiro capítulo inteiro, li e achei ótimo!

Assim que ler o livro inteiro publico mais detalhes.




















9 de set. de 2011

Araraquara sem rodeios



Li uma notícia animadora, o prefeito de Araraquara em São Paulo sancionou uma lei onde fica proibido rodeios na cidade, não só rodeios mas também farra do boi, touradas e vaquejadas, ou seja, toda essa crueldade absurda.



Segundo o site G1 o projeto de lei foi discutido após um grupo de empresários do segmento de rodeios procurar o presidente da Câmara Municipal Aluisio Braz. Eles queriam realizar eventos na cidade. A lei foi aprovada por unanimidade na Câmara.




Felizmente visaram o bem estar animal e não o dinheiro!!!Fiquei realmente feliz com a notícia, espero que elaborem uma lei federal para a proteção desses animais banindo de vez esse sadismo, essa crueldade conhecida como rodeio, devemos ficar atentos também as marcas que patrocinam essa palhaçada toda. Vou pesquisar as marcas e posto aqui depois.




Um abraço.

7 de set. de 2011

EMUDECER





Calar, silenciar é isso que significa a palavra emudecer... infelizmente as pessoas preferem muitas vezes não enxergar, ficar calado, passivo, não agir. Não comer carne para mim tornou-se mais que uma dieta, tornou-se uma causa a ser defendida.


Preciso sugerir para todos que passarem por aqui um livro muito esclarecedor chamado "Comer Animais" do autor Jonathan Safran Foer.




Segue abaixo a orelha do livro:



Jonathan Safran Foer sempre comeu carne- adorava seu sabor, seu cheiro e sua textura. No entanto assim como muitos de nós, tentava não pensar no itinerário percorrido por aquele suculento bife antes de ele chegar a seu prato. Ao longo de sua juventude, o escritor oscilou entre o vegetarianismo sazonal e uma dieta onívora, que incluía desde um suculento bacon a um ingrediente menos saboroso, a culpa. Prestes a se tornar pai, ele começou a questionar mais seriamente suas escolhas de vida- é ai que a busca por uma dieta mais humana tornou-se, para ele, prioridade.



Foer percebeu que, antes de incluir produtos animais na dieta do filho, precisaria responder as seguintes questões: de onde vem a carne que comemos? Como os animais são tratados? Quais os efeitos econômicos, sociais e ambientais que o consumo maciço de animais provoca? Para obter respostas, ele se infiltrou pela calada da noite em matadouros, percorreu fazendas de criação e visitou seus abatedouros; conversou com fazendeiros, criadores, ativistas, vegetarianos e "carnívoros" convictos.



Além do valor nutricional, Foer explorou o fator emocional presente em cada refeição, a relação entre comida e afeto, passado de geração em geração; pesquisou sobre a convivência ancestral entre homens e animais, os laços de utilidade e afeição que a rodeiam. O que ele descobriu depois de três anos de pesquisa intensa mudou sua relação com a comida- e poderá também mudar a sua.




Através do blog divulgarei esse livro o máximo que puder, acho que precisamos que as pessoas se interessem um pouco mais em saber de onde vem sua comida. Precisamos deixar de lado as velhas observações que fazem parte da ignorância e do senso comum: "os animais foram feitos para isso" ou " na bíblia não fala nada sobre ser proibido comer animais", já ouvi várias vezes isso...afffff

O que precisamos saber é que essa indústria cruel cria animais aprisionados, doentes, deformados para serem consumidos. O agronegócio gera bilhões e quanto a sociedade menos questionar e menos investigar melhor para eles e pior para os animais, para o meio ambiente e para nossa saúde.



Um abraço.